.




Um troglodita no século XXI


'Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem'. 1 Coríntios 11:8. 


O conceito no machismo bíblico é latente no homem como também em algumas matriarcas formadoras dos "machões" por avaliações repassadas de geração em geração, independente de crenças, sejam eles ateus ou religiosos.
Quando o troglodita acha que precisa se defender da agressão feita com a recusa da mulher
Dias atrás tomei conta de uma discussão entre uma jovem e um senhor idoso quando ela reclamava dos assédios desrespeitosos de certos homens que tem por hábito dirigir palavras com teor sexual às mulheres com as quais eles cruzam nas ruas causando-lhes uma grande carga de desconforto.

O que li como argumentos foram comentários ordinários de homens ordinários que só enxergam a mulher assim como eles, e esse senhor disse claramente que esse linguajar íntimo estimula a verdadeira fêmea, alegando que mulher que é mulher deve gostar de expressões eróticas ditas por qualquer um que passa em sua frente, pois, isso faz um bem danado ao seu ego atiçando assim sua libido.
E como na maioria das vezes a mulher não aceita ser tratada com tal vulgarismo, ele mudou o rumo da conversa acusando-a de feminista como se o feminismo fosse um palavrão, tão desatualizado ele pareceu e colocando em dúvida seu gosto sexual insinuando que a mulher por não gostar de ouvir uma atirada ousada de homens estranhos na rua é porque tem outra preferência sexual. Eu por mim, vejo a reação dessa moça de forma generalizada e não um caso essencialmente pessoal.
Aqui não questiono gêneros, mas, pela distinção de todo ser humano, dentro de um complexo de leis ou normas naturais entre elas o respeito e decência.
Essa moça reclamou com o direito de qualquer mulher digna que abomina a coisificação da sua posição na sociedade em que vive.
.
Para as mulheres mais inteligentes, nada supre uma abordagem elegante, discreta e sutil onde o jogo de sedução fala mais alto, mesmo que tenha seus momentos de insinuante malícia. Este tipo de enfoque atinge muito mais seu ego do que ouvir aleatoriamente palavras de um mandrião qualquer que não possui outra forma de investida e imagina que uma mulher por lhe agradar seja de domínio público.
Tenho consciência de que nos momentos íntimos sejam de grande valia as expressões espontâneas se  dentro de uma liberdade permitida.
.

Lembrando Simone de Beauvoir.
"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância."


.
Share on Google Plus

About Elisa Rocha

Livre pensadora ▃▃ uma aprendiz onde a existência é um eterno descobrir, artista plástica, amante da natureza, curiosa sobre a vida e seu sentido. Sou apaixonada pelas inovações da ciência, pelas maravilhas que o Cosmos nos revela e tenho esperanças no crescimento do homem enquanto ser afetivo e racional. ❤ Acredito que o melhor lugar do mundo está dentro do nosso próprio interior onde temos o poder de nos libertar ou aprisionar. ✔
    Blogger Comment
    Facebook Comment

2 Ponderações:

  1. oi Ana

    Não é a toa que o seu blog se chama Ponderável...
    Você tratou de um assunto muito espinhoso de forma sensata e serena. Pessoalmente não suporto a maioria das feministas, com seus discursos e atitudes radicais que mais prejudicam que fazem bem às mulheres, de muitas formas que não cabe falar agora.
    Mas muitos homens são como esse aí e se são confrontados tornam a vítima culpada. A religião tem tido um papel preponderante nessa atitude, principalmente a islâmica. Mas a cristã não escapa. Cristãos gostam de alardear que as mulheres são postas em igualdade de condições com os homens, só se esquecendo que a doutrinação inicial, o catecismo ou escola dominical, colocam a mulher como vilã da história. E os meninos crescem com essa ideia na cabeça. Um caso que tem me chamado atenção é o da Índia, com seus inúmeros casos de estupro e assassinato de mulheres. É uma coisa da cultura deles, a coisificação da mulher e essa cultura é toda ela religiosa. Em pleno século 21, sobram os trogloditas.
    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas

    1. Shirley

      O assédio sexual é uma violência. No caso das cantadas imorais vindas dos homens é um fato desrespeitoso e revoltante. Mulher nenhuma merece a não ser que ela saia para a rua “vestida para matar” e pronta para ouvir baixaria.
      São pelas atitudes que a mulher conquista seu espaço. Não é na gritaria, queimando soutiens, fazendo passeata das "vadias" tirando a roupa em público, escrevendo frases pelo corpo etc, Elas simplesmente vão chamar atenção das pessoas para um show ridículo, esse tipo de postura não vai impor o respeito ou conseguir ser atendidas em suas reivindicações.
      A mulher de hoje consegue mudanças a partir do seu próprio crescimento, não é fácil porque a maioria ainda é preconceituosa e ainda cultiva o conceito bíblico da “mulher virtuosa”, o que para mim nada mais é do que ser subserviente, conformada, dócil e obediente.

      Quanto aos estupros coletivos da Índia e a posição forçada de submissão da mulher no mundo muçulmano é revoltante, ainda bem que no Brasil não chega a tanto.

      Valeu pela visita.

      Excluir

♡ ♡ ♡Obrigada pela visita.