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Comunidade indígena primitiva do Amazonas - Pirarrãs ou Pirahãs
A antropologia pode nos ensinar valiosas lições - A diversidade étnica indígena brasileira é algo notável.
Uma característica curiosa dessa tribo é o fato de seus membros não acreditarem em nada que eles não possam ver, sentir ou que não possa ser provado ou presenciado.
Pirahãs é uma pequena comunidade que segundo a Funasa, em 2010, a população era de aproximadamente 420 pessoas, eles não acreditam em deuses, não diferenciam cores, não entendem ficção - vivem o agora, sem passado e sem preocupação com o futuro. Talvez não busquem a felicidade, mas sim a vivam. Habitantes da selva amazônica, desafiam o que se entende por gramática moderna. Eles não sabem contar, não conhecem arte ou mitos, não acreditam em nenhum deus. Trata-se de um povo, portanto, sem mitos da criação, para eles o céu e a terra sempre existiram. O tempo não existe para eles e o concebe como uma alternância entre duas estações bem marcadas, definidas pela quantidade de água que cada uma possui: piaiisi (época da seca) e piaisai (época da chuva ).
Outra questão curiosa é a ausência de uma ideia criacionista, algo literalmente único entre povos de cultura primitiva. Acreditam em espíritos menores na forma de coisas no ambiente, segundo experiência pessoal de alguns, e tem uma ideia de cosmologia baseada em camadas existenciais, sendo eles corpos em uma delas (hiaitsiihi).
O missionário, linguista e professor da Universidade de Illinois Daniel Everett que viveu entre eles, tentou evangeliza-los e não conseguiu. Segundo ele, os indígenas perderam o interesse em Jesus quando descobriram que Everett nunca o viu de fato.
Seu constante contacto com este tipo de pensamento acabou o transformando. “Os pirahrãs me modificaram profundamente. Eu era um missionário que evangelizava e hoje sou ateu”, disse. O norte-americano relata sua experiência com os Pirahãs em seu livro, "Don`t sleep there are snakes", que ainda não possui versão em português.
Esses índios são caçadores-coletores e se destacam de outras tribos pela diferença linguística e cultural. Eles habitam um trecho das terras cortadas pelo Rio Marmelos e quase toda a extensão do Rio Maici, no município de Humaitá, estado brasileiro do Amazonas.
Outra questão curiosa é a ausência de uma ideia criacionista, algo literalmente único entre povos de cultura primitiva. Acreditam em espíritos menores na forma de coisas no ambiente, segundo experiência pessoal de alguns, e tem uma ideia de cosmologia baseada em camadas existenciais, sendo eles corpos em uma delas (hiaitsiihi).
O missionário, linguista e professor da Universidade de Illinois Daniel Everett que viveu entre eles, tentou evangeliza-los e não conseguiu. Segundo ele, os indígenas perderam o interesse em Jesus quando descobriram que Everett nunca o viu de fato.
Seu constante contacto com este tipo de pensamento acabou o transformando. “Os pirahrãs me modificaram profundamente. Eu era um missionário que evangelizava e hoje sou ateu”, disse. O norte-americano relata sua experiência com os Pirahãs em seu livro, "Don`t sleep there are snakes", que ainda não possui versão em português.
A língua pirahãs é da família linguística mura. É a única língua do grupo mura ainda não extinta, sendo que todas as demais desapareceram nos últimos séculos. Essa língua não tem nenhuma relação com qualquer outra existente e é parte de um grupo linguístico distinto. Não possui numerais, apenas as palavras: poucos e muitos. Características peculiares como essa fizeram com que Everett questionasse certos aspectos da teoria linguística do famoso intelectual, Noam Chomsky.
A TRIBO PIRAHÃ E SEU CETICISMO
Em geral, existe uma tendência a enxergar os povos indígenas brasileiros de forma simplificada, entretanto, cada povo possui sua própria cultura. No município do Humaitá, esse povo foge dos padrões, sendo sem dúvida uma cultura única no Brasil, e até mesmo no mundo. Normalmente, povos indígenas possuem forte espiritualidade, e numerosos rituais religiosos, mas os Pirahãs possuem como parte de sua cultura, o costume de não acreditar em nada que não possa ser visto, sentido ou provado.
Devido a esta característica de sua cultura, os Pirahãs não acreditam em nenhuma entidade superior ou ser supremo e acreditam que tudo sempre existiu, não possuindo portanto, um "mito da criação".
POVOS INDÍGENAS DEVEM SER RESPEITADOS
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Ou seja, um povo anti-intelectaul
ResponderExcluirEles descartam a possibilidade de um Deus judaico-crist-islã, mas imaginam um Multiverso ou universos paralelos, logo,admitem o transcendente.
ResponderExcluirEles descartam a possibilidade do Deus judaico-crist-islã, mas imaginam um Multiverso ou universos paralelos,logo,admitem o transcendente.
ResponderExcluirEles descartam não de uma forma intelectual, mas cultural, pois não tem significado ao modo deles.
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